Os estudiosos da Bíblia há muito tempo perceberam uma relação entre o chamado para que adoremos “Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas”, em Apocalipse 14:7, e o quarto mandamento, em Êxodo 20:11, no qual o sábado nos remete ao fato de que “em seis dias, fez o Senhor os céus e a Terra, o mar e tudo o que neles há”.
Por mais que a linguagem esteja intimamente relacionada, há uma mudança: o texto de Apocalipse aponta para o Senhor como Aquele que criou “as fontes das águas”. John Baldwin escreveu: “Supondo que exista intencionalidade divina por trás da expressão ‘fontes das águas’, por que Jesus fez com que o mensageiro quebrasse o paralelo das coisas mencionadas em Êxodo 20:11? Por que o anjo mencionou as ‘fontes das águas’ e não outra espécie de criatura, como árvores, pássaros, peixes ou montanhas?
“Talvez a referência às ‘fontes das águas’, no contexto de um anúncio da chegada de um período singular de juízo divino, busque dirigir a atenção do leitor para um período anterior de juízo […]. Talvez a intenção de Deus fosse que a possível alusão ao dilúvio, pelas palavras ‘fontes das águas’, ressaltasse a verdade de que Ele é realmente um Deus de juízo, bem como de fidelidade eterna e graça (ambos evidenciados na narrativa de Gênesis sobre o dilúvio).
Se for assim, as implicações pessoais e espirituais da conotação do dilúvio, desencadeada pela expressão ‘fontes das águas’, podem encorajar o leitor a levar a sério a importante chegada de um novo processo de juízo divino individual já anunciado pelo primeiro mensageiro de Apocalipse 14” (John Baldwin, Creation, Catastrophe and Calvary: Why a Global Flood is Vital to the Doctrine of Atonement [Criação, catástrofe e calvário: Por que um Dilúvio global é vital para a doutrina da expiação. Hagerstown, Md.: Review and Herald®, 2000, p. 27).
Perguntas para discussão
1. Leia Isaías 53:6. A palavra em hebraico para “todos nós” é cullanu. Isaías disse que o Senhor fez cair sobre Jesus “a iniquidade de todos nós”. A palavra “todos nós” aqui também é cullanu. Como isso nos mostra que, não importando a gravidade do problema do pecado, a solução é mais do que suficiente para resolvê-lo?
2. Quais lições extraímos da história do ladrão na cruz? Suponha que o ladrão obtivesse perdão, fosse retirado da cruz e sobrevivesse. A vida dele teria sido diferente? O que a sua resposta revela sobre o poder de Cristo para mudar nossa vida?
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