Avanços políticos e económicos em Moçambique criam boas expetativas para empresários alemães. Encontro entre o líder da RENAMO, Afonso Dlhakama, e o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, é enaltecido.Empresas alemãs presentes na 53.ª edição da Feira Agropecuária, Comercial e Industrial de Moçambique (FACIM), estão mais otimistas nos seus negócios em Moçambique. O recente encontro entre o líder da RENAMO, Afonso Dlhakama, e o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi seriam motivos para tal otimismo. Algumas empresas alemãs referem que esse desenvolvimento político vai melhorar o ambiente de negócios e expandir os seus investimentos para outras partes de Moçambique. Stella Mendonça, membro de uma empresa alemã de produção de painéis solares, enaltece a promessa do líder da RENAMO de desmobilizar as suas forças residuais. "Vamos louvar o Presidente Filipe Nyusi, que foi à mata. Não há nada que comprometa a paz do povo Moçambicano. Isso é muito bom para o negócio, para a população. O país tem potencial. Mas se há potencial onde existem conflitos, isso não é bom .” "Estabilidade” Com a estabilidade que o país agora vive, a empresa já pensa expandir seus negócios para distritos onde não há energia eléctrica. "Vamos trabalhar para mais oportunidades, sobretudo nos distritos que estão sem condições. Há escolas e hospitais que não têm energia, ou cujas instalações são fracas.” A empresa de consultoria Gauff, que opera na área de água e saneamento, também defende a estabilidade política e económica para o desenvolvimento, em qualquer país do mundo. O engenheiro Guilherme Drehmer refere, que em relação a Moçambique, todo investidor quer investir em países seguros. "Com caminho que o Governo do país africano agora está a seguir, ele consegue, e já estabeleceu, a paz no país. Além de reestruturar a sua condição económica.” FMI: bloqueio de fundos Entretanto, Guilherme Drehmer lamenta que o país atravesse um momento económico mau, com o bloqueio de fundos por parte do Fundo Monetário Internacional (FMI). O empresariado moçambicano pode ter regredido nos seus negócios, mas há esperança de que tudo será resolvido. "Eu acho que o país está num bom caminho para resolver seus problemas. As empresas estrangeiras que já trabalharam em Moçambique acreditam nisso, e vão trazer os recursos para os seus projetos, assim que houver estabilidade económica,” sublinha Drehmer. Recursos moçambicanos O empresário alemão refere ainda que há "muita vontade” das empresas alemãs para investir em Moçambique por causa dos recursos que o país tem. "Há um grande potencial para projetos em parceria com empresários locais. É o que buscamos, e que estamos a desenvolver aqui.” A FACIM é uma feira anual que tem dimensão internacional. Na edição 2017 da FACIM participam empresas de 26 países.
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