Em Atos 2:4, o dom do Espírito se manifestou por meio do ato de falar em línguas. No entanto, esse dom foi apenas uma dentre as muitas diferentes manifestações do Espírito (At 10:45, 46; 19:6). Outras incluem previsão do futuro (At 11:28), visões (At 7:55), pregação inspirada (At 2:8; 28:25), cura (At 3:6, 12; 5:12, 16) e qualificação para o serviço (At 6:3, 5). O dom de línguas no Pentecostes não ocorreu por ser supostamente a evidência típica ou mais importante da dotação do Espírito. Ele foi manifestado para dar início à missão mundial da igreja.
Ou seja, o chama – do feito em Atos 1:8 exigia o dom de línguas. Se os apóstolos tinham que atravessar barreiras culturais e alcançar os confins da Terra com o evangelho, eles precisavam ser capazes de falar nos idiomas daqueles que necessitavam ouvir o que eles tinham a dizer.
2. Leia Atos 2:5-12. Qual é a evidência de que, no Pentecostes, os apóstolos falaram em idiomas estrangeiros existentes? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________
Estima-se que no primeiro século havia de oito a dez milhões de judeus no mundo, e que até 60% deles viviam fora da Judeia. No entanto, muitos que estavam em Jerusalém para a festa eram originários de terras estrangeiras e não podiam falar aramaico, a língua dos judeus que ha – bitavam na Judeia naquele tempo. Não há dúvida de que, em sua maioria, os conversos no Pentecostes eram judeus de várias nações que agora podiam ouvir o evangelho em seu próprio idioma nativo.
Que os apóstolos falaram em idiomas estrangeiros existentes, e não em línguas extáticas e desconhecidas, é evidenciado pelo termo dialektos, que significa idioma de uma nação ou região (At 2:6, 8; compare com At 21:40; 22:2; 26:14). É evidente, portanto, que eles estavam falando nesses idiomas diferentes. O milagre era que aqueles simples galileus agora podiam falar idiomas que, até horas antes, não conheciam.
Para os judeus locais que testemunhavam a cena, mas não estavam familiarizados com tais idiomas, a única explicação possível era que os apóstolos estavam bêbados, proferindo sons estranhos que não faziam sentido para eles. “Outros, porém, zombando, diziam: Estão embriagados!” (At 2:13).
Uma manifestação poderosa de Deus estava acontecendo diante de seus olhos e, no entanto, essas pessoas pensaram que era apenas embriaguez. Como podemos ter cuidado para não ser tão espiritualmente cegos?
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