Olá querido ouvinte, nesta semana Guilherme Andrade trás mais uma crônica para o Remix. O texto da crônica está logo abaixo. Deixe nos comentários sua opinião sobre o assunto, envie suas críticas e mande sugestões sobre novos temas. Esperamos que aproveitem, até a próxima semana. Músicas da Playlist: Chão de Giz - Zé Ramalho Como Nossos Pais - Elis Regina Bora ouvir!!! Links de Acesso: https://papodecalcadapodcast.blogspot.com.br/ https://facebook.com/papocalcada/ https://twitter.com/papocalcada/ https://mixcloud.com/papocalcada/ E-mail: papocalcada@gmail.com Feed do Podcast Topo Novembro é o mês do meu aniversário, nesse ano completei 27 e resolvi parar para refletir sobre algumas coisas. Aproveitando esse espaço, onde geralmente compartilho algumas ideias, mesmo que surreais. A primeira coisa que penso quando lembro a idade 27 é que já estou próximo do topo da vida. Se considerarmos que a vida é uma montanha que a cada dia damos um passo para superá-la, podemos considerar que a idade entre 30 e 40 anos é o cume. Acredito que nessa faixa etária o ser humano já conseguiu estudar, talvez tenha encontrado seu propósito de vida e esteja quase alcançando uma estabilidade. Subir é sempre o mais difícil, pois pra baixo todo santo ajuda. Apesar de que ser idoso no nosso país não é algo tão confortável para a maioria. Tendo em vista que estou próximo do meu auge, onde a energia ainda é grande e a experiência já se torna considerável, vejo-me satisfeito. Sim, não digo conformado, mas satisfeito por estar trilhando um bom caminho. Tenho tido oportunidade de seguir por onde desejo, a vida tem se apresentado de forma generosa. Minha vida como a de muitos não é nada fácil, mas com a ajuda e apoio de pessoas boas que encontrei pelo caminho, superar certos obstáculos tem se tornado menos dolorido. Adoro falar da minha vida, quem ouve o Papo de Calçada já deve ter reparado que sempre que vou dar um exemplo, uso algo que aconteceu comigo ou com alguém muito próximo. Isso tem um motivo. Eu sei meus motivos, eu sei minhas dificuldades e facilidades, conheço meus calos, valorizo meu trabalho. De certa forma pode-se pensar erroneamente que falar do outro é mais fácil, pois não se tem compromisso com a verdade, mas acredito que falar de mim seja mais fácil por ser uma coisa que conheço plenamente, que posso reconhecer os erros e justificar as escolhas. Quem já parou pra ouvir o nosso podcast sabe que sou do interior, católico, de família com costumes tradicionais e que adoro dar opinião, principalmente nas coisas que não conheço. É assim que nosso podcast funciona. Aprendi muito ouvindo opiniões diferentes, conhecendo pessoas de regiões e costumes tão distantes dos meus, mas que sempre tiveram a boa vontade de ouvir e dizer, de ensinar e aprender, de dar a mão pra ajudar a subir juntos. Olhando os amigos que fiz durante esses anos é fácil saber por que me dei bem na vida. Sempre tive poucos, mas considerei muito. Amigo, pra mim, é o alicerce, pode ser mais velho, mais novo, de sexo diferente, da família ou até mesmo da internet. Pessoas que ajudei, que dividiram os melhores e piores momentos, que estudavam desesperados para a semana de prova no curso de engenharia, mas que depois toma um cerveja pra baixar o stress. Que enxergaram em mim uma pessoa que nem mesmo eu conhecia. Amigos que contribuíram para meu crescimento pessoal, moral e intelectual. Amigos para toda a vida. Se for pensar nas escolhas que tomei, bem isso é um caso a parte. Para uma pessoa que preza tanto pela precaução, sou de tomar decisões muito em cima da hora e seguindo aquela vozinha intuitiva, que sempre mostra qual o caminho deve ser tomado. Outro dia estava conversando sobre isso, e a pessoa disse que também sente esse instinto falando mais alto, às vezes até sonha com algo e acaba se livrando daquilo. Eu, por ser cristão, acredito que Deus fale comigo, pois peço a Ele que faça, e também que a vida, o universo ou Deus, seja lá como você queira chamar, nos devolve aquilo que damos. Não adianta plantar laranja e querer colher melão. Tenho muita fé nisso e tento seguir sempre fazendo o melhor que posso. Não sei para onde esse texto está me levando, assim como não sei o dia de amanhã. Não tenho tanta habilidade de roteirização e por mais que eu queira planejar tudo, o bom da viagem é sempre o inesperado. Acho que a reflexão para por aqui, o que posso dizer com toda certeza é que estou feliz. Não cheguei ao final, estou longe dele, mas o caminho tem se mostrado satisfatório, tenho sabido aproveitar cada dia, aprendido com meus erros e tentado ajudar a quem posso. Obrigado a você que ouviu isso até aqui, espero que essa reflexão tenha te feito refletir sobre si mesmo, ou se foi apenas uma curiosidade, espero que tenha sido interessante.
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